O terceiro episódio do Pretty Exquisite People para a Speaky Tv, já saiu! Vamos ver quem é?
Um PEP (Pretty Exquisite Person) é aquela pessoa, que quando passa por nós na rua, nos provoca um torcicolo, nos deixa sem ar e com um sorriso na cara o resto do dia. É um ser cheio de pinta, capaz de inspirar qualquer olhar desatento. Acreditamos que qualquer pessoa transparece o seu íntimo através do que veste. Assim, sabemos que a pessoa que nos deixa boquiabertos na rua, não é só um conjunto de peças de roupa bem coordenadas, mas sim alguém com um ponto de vista tão especial que se destaca da multidão. É impossível não querer conhecer uma pessoa assim!
A nossa décima sexta exquisite person chama-se Paulo Santos Rodrigo. Fomos ter com ele à FAUP e depois a sua casa, onde o Fred Gomes capturou o momento não só em fotografia, mas também em vídeo. Nós já o conhecemos e vocês... já conhecem o Paulo?
Óculos- Sociel, Gondomar (custom made) .Casaco- Vintage (do avô) . Cardigan- Uniqlo . Gravata- Armando Sá, Porto . Lenço- Bon marché .Camisa- H&M .Cinto- Mango (mulher) .Calças- Vintage (do avô) . Meias- Pé de Meia . Sapatos- Crockett & Jones
Tem 44 anos, é arquitecto, Dj e cronista do P3. Neto de alfaiate, tem o seu primeiro contato com a Moda, nas tardes que passava na companhia do avô a ajudá-lo. Memórias que guarda com carinho e que recorda sempre que passa a ferro.
Teve a sorte , e os acasos felizes da sua vida, de ser filho de uma geração em que se consumiam muitos e bons filmes, livros e revistas.
Como qualquer jovem, Paulo queria ser como os seus heróis, mas estes eram de carne e osso e os super poderes que tinham, eram os do bem vestir, cantar e/ou ouvir boa música e representar, tendo mencionado várias vezes nomes como Elvis, Hemingway, Wilde, Scott Fitzgerald, Glenn Miller, Mel Tormé, Errol Flynn, durante a entrevista.
As várias paixões de Paulo, em que teve a sorte de trabalhar ou acompanhar de muito perto (música, cinema, moda, escrita) juntaram-se à paixão da arquitectura e para este, fazer arquitectura, é como vestir bem uma camisa, em que tudo deve estar à medida certa e servir a sua função.
"Nós vestimos a vida que temos!" é a máxima desta exquisite person, para quem o bem vestir sempre foi relevante e, o fazê-lo com paixão, uma verdade imperativa. Paixão essa que não descura e reporta para tudo o que faz e diz.
Partilhou em tom triste, que lamenta a sociedade em que vive, não saber a marca ( não apenas a label, mas algo mais abrangente) dos sapatos que calça e a sua história. Uma analogia que defende vigorosamente, em prol da consciencialização das paixões aplicadas a tudo o que fazemos.
Tem saudades do McQueen e do Galliano, luta contra a perda do hábito do vestir de forma adequada às situações (dress code) e considera que o estilo não se compra. "Devemos vestir a nossa pele e não parecermos caracterizados!"
O Paulo é das pessoas mais interessantes que conheço! Isto dito sem qualquer tipo de conotação pseudo-coisinhas de burro a olhar para um palácio, com ar de afetado e a fingir-se muito conhecedor. É interessante, sabe imenso e fala do que gosta com a honestidade e paixão que lhe são imensamente características.
A pessoa mais exquisite que conhece é o Chiquinho Garret.
No fim do mês de Janeiro, mostraremos mais uma exquisite person! Curiosos?