#ayaymadrid - parte I

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#ayaymadrid - parte I

{Fotografia de Raquel Gomes}

Quem me segue no Instagram, sabe que estive em Madrid com mais três amigos, há um mês. O que não sabiam ainda, e por isso escrevi este post (primeiro de uma série de dois), era a minha opinião a respeito desta viagem.

O destino já há muito que constava da minha lista, mas acabava sempre, por um motivo ou outro, ficar para depois. Desta feita, juntou-se um grupo de amigos próximos, dos quais só a Raquel é que já conhecia a cidade. A casa de partida, passa sempre pela escolha de alojamento, da qual fiquei encarregada, e mais uma vez o airbnb não me deixou ficar mal. À chegada, já a horas tardias, foi com agradável surpresa que o T2, escolhido aqui, nos encheu de imediato as medidas, a par com a simpatia da dona da casa, a Maria. 

Deparados com a impossibilidade de jantarmos, quase à 01:00 da manhã, foi agradável perceber que a nossa zona (Lavapiés) era super central e que tínhamos um supermercado aberto até às 02:00 da manhã, a dois passos de casa. Mais uma vez, confesso que mesmo escolhendo as casas um bocadinho às escuras, acerto sempre na melhor das localizações. Centralidade e possibilidade de andar a pé para todo o lado, coisa que fizemos todos os dias à excepção das viagens aeroporto-centro e vice-versa. Aqui, ressalvo a simpatia e prontidão dos taxistas de carros brancos, com lista vermelha (importante memorizar), que asseguram o transporte de ida, ou volta, de qualquer parte da cidade para o aeroporto e vice-versa, pela módica quantia de 30€, já com bagagem e taxas. Caso os valores não correspondam aos 30€ no final, peçam recibo e verão a situação voltar rapidamente à normalidade.

Com o passar dos anos, considero que tenho encarado cada vez menos as viagens como turismo, e mais como ir viver para um sítio, ainda que por meia dúzia de dias. Assim, os planos e as atracções turísticas são cada vez menos assinalados nos mapas.

Dia 1 ( La Latina, Malasaña, Gran vía)

O primeiro dia foi reservado às compras e à arte de bem comer, ou assim o esperávamos. A verdade é que ao terceiro dia já estava farta de tanto frito, e cada vez mais me apetecia sopa, arroz branco e saladas frescas, sem as toneladas de molhos e misturadas de grelos de que tanto me falaram que eu iria adorar. Não! De facto, de todos os sítios que já visitei, ainda não houve nenhuma cozinha que me enchesse as medidas em termos de variedade e petiscos, como a nossa portuguesa, e certamente não a encontrei na comida espanhola. Não quero com isto dizer que detestei, mas não ficou gravada no palato. Dos famosos churros, só tenho a dizer mal, visto a Nutella a que eu, gulosa extrema, estou habituada nas festas populares, ter dado lugar a uma amostra de pudim de chocolate mal amanhado, que após uma primeira mordidela, foi parar ao caixote do lixo mais próximo, na zona da Puerta del Sol. Este episódio foi salvo pelo palmier de chocolate branco e de leite que encontrei logo de seguida. Aleluia! Não creio que seja um doce típico, mas confesso que me caiu que nem ginjas.

Entusiasmada com a promessa de várias lojas de segunda mão, e verdadeira apaixonada por este universo, também aqui fiquei decepcionada. Creio que devo estar muito mal habituada com a vasta oferta que já temos no Porto e muitas vezes me lembrei da nossa Joaninha da Absolutribut.

É bem verdade que quem nos faz feliz, fá-lo de forma universal, e o primeiro dia, tal como todos os outros, foi salvo pela boa disposição e risota dos quatro. Ok... isso, as margaritas que são francamente boas em qualquer espaço da cidade e a simpatia das pessoas e da própria cidade, que é no geral muito bonita do ponto de vista arquitetónico.

De salientar também pela positiva, porque de outra forma ficam a achar que odiei a cidade, o que não é de todo verdade, são os mercados de comida que visitamos também neste dia, o de San Miguel e o de San Ildefonso, ambos lindos de morrer e com bastantes opções, dentro do universo gastronómico espanhol.

O dia culminou com a visita aos outlets da Kling e Pepa Loves, para as fãs da marca, uma paragem obrigatória com preços muito apetecíveis em colecções antigas, e um jantar num restaurante típico ao pé de casa, em Lavapiés, onde comi um dos melhores hamburgers de sempre.

{Fotografia de Raquel Gomes}

{Fotografia de Raquel Gomes}

{Fotografia de Raquel Gomes}

Dia 2 (Lavapiés, Atocha, Sol)

O segundo dia foi passado na Caixa Fórum e nos museus Nacional Centro de Arte Rainha Sofia e do Prado. Do primeiro museu só posso dizer maravihas, tendo o momento alto sido, obviamente, o monstruoso e sensível Guernica e alguns traballhos da Sonia Delaunay. Já do museu do Prado, destaco apenas as pinturas negras de Goya e pelo lado negativo, a antipatia geral dos funcionários e ambiente.

O dia pouco apressado e descontraído, como se querem as férias pouco turísticas, terminou com um belo jantar de paella no La Soberbia (recomendado pelo Yelp, que foi uma excelente ajuda nestas férias) seguido de celebrações de aniversário da nossa amiga Sónia, na zona da Puerta del Sol.

Sob pena de se tornar muito longo, decidi dividir o relato desta viagem em duas partes. Stay tuned!

P.s.- À excepção das fotografias legendadas, e das obviamente (mal) tiradas com o meu telemóvel, todas as restantes foram captadas pelo Fred Gomes.

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