Falemos de perfumes. Aquele tema que não aparece amiúde por aqui, porque nunca sei muito bem o que dizer, além do óbvio que, se falo neles é porque é bom, pelo menos na minha escala de gostos.
Como recentemente o meu consumo de perfumes anda um bocado desenfreado, e não tenho conseguido resistir a aromas frescos e cítricos, resolvi partilhar os exemplares que têm feito as minhas delícias, na esperança que sirva de inspiração a quem gosta deste registo olfativo.
Eau de Givenchy andava debaixo de olho, ou de nariz melhor dizendo, desde que o testei num aeroporto no ano passado. Mas como há muito as free shops perderam a sua vantagem competitiva nos preços, deixei-o em lista de espera até arranjar online mais barato. E claro, a espera valeu não só porque o comprei muito mais barato, mas porque como julguei, é maravilhoso! A Givenchy Criou há já alguns anos a Coleção de Perfumes Míticos com o objectivo de fazer renascer algumas fragrâncias mais conhecidas da marca. Este, em particular, foi criado em 1980 sendo comercializado até 2002 e relançado em 2018. A inspiração permaneceu a mesma, mas sua composição foi ligeiramente actualizada, resultando assim numa fragrância cítrica com bergamota, tangerina, laranja e flor de limão, e uma pitada do irresistível neroli. O frasco é leve, simples e fresco, como o aroma que abriga. Adoro!
Eau des Sens da diptyque veio comigo na viagem que fiz à Polónia e também ele é um aroma recente na marca que junta referências florais e cítricas. É maravilhosamente suave, que se desenvolve bem na pele, com uma duração razoável! O frasco é bonito, simples e com imagem sóbria que caracteriza a Diptyque!
Frédéric Malle Cologne Indelebile by Dominique Ropion é talvez, a par dos perfumes Tom Ford, a minha maior loucura perfumista. Tentei resistir, não chegar perto mas, assim que experimentei este aroma na Liberty, sabia que não ia conseguir vir embora sem o comprar. O conceito da marca é muito interessante. Numa época onde os perfumes se renderam à imagem em detrimento da qualidade olfactiva e da liberdade criativa dos perfumistas, o Monsieur Malle revolveu colaborar com vários designers de perfumes e o resultado é uma coleção de luxo, especial, pensada e com carácter, que não sucumbe às modas passageiras do mercado dos perfumes. E isso, é arte!
As embalagens são esplêndidas, pesadas e uniformes, e vêm numa caixa vermelha, luxuosa e robusta. Escolhi a Cologne Indelebile by Dominique Ropion que conta com neroli, raspas de laranja, limão e bergamota, que desaguam numa frescura marcante, moderna e com densidade, que me deixam viciada. Para uma colónia, não se porta nada mal e dura praticamente o dia todo! DI-VI-NA!
