Ana Faria - 7ª Edição AcrobActic - Ruralidade

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Ana Faria - 7ª Edição AcrobActic - Ruralidade


Convite

Abrir caminho e rasgar novos trilhos para o Design Nacional, é objectivo principal do AcrobActic, que desde a primeira edição se revelou capaz de fornecer sementes para novas aventuras da Moda Portuguesa.


Reconhecido por projectar as carreira de Jovens Criadores no Design de Moda, AcrobActic é um concurso que além de proporcionar visibilidade aos vencedores e participantes oferece um prémio de €2500 e dois de €500, incentivando a produção de futuros projectos.

Na passada Sexta-feira, acompanhada do Fred Gomes, fui à 7ª Edição do Acrobactic cujo tema era Ruralidade.

Depois de passadeiras móveis, apresentadoras que também cantam e muito suspense, eis que os panos de renda preta caiem e mostram um cubo, onde os manequins já se encontram, ocupando os seus lugares numa coreografia bem pensada. Ao longo de 14 propostas, confesso que uma das que mais me encheram a vista foram da Ana Faria, que na minha opinião deveria ter ganho o prémio de melhor coordenado feminino

reLIVING MEMORIES


Acrobactic

Revisitar lugares guardados na memória. Rever e relembrar pessoas e o seu habitat. 


Reviver memórias foi o ponto de partida para o desenvolvimento deste projecto. 

As visitas à “terra” , no passado, que eram regulares, deixam na memória retratos dignos de postal, onde tudo era natureza, ar puro, “espaço livre”!  Momentos esses que guardo, acompanhados com cheiros e sabores muito caracteristicos. Lugares onde todos se conhecem, onde as tradições estão “á flor da pele” e são cumpridas á risca, até por quem está de visita.

Mulheres vestidas de preto. Por vezes viúvas, outras não. Sobreposição de peças de roupa,casacos mal abtoados e capas ou casacos pousados pelos ombros apertados com um só botão. chapéu e lenço completavam toda a camuflagem da mulher, de onde só se conseguia ver o rosto duro de quem trabalhou uma vida, dia após dia debaixo de sol ou de chuva, mas com uma alma pura. Pessoas excelentes que não pensam nos bens materiais, não sabem sequer o que é trabalhar com um computador. Uma simplicidade que combina com todo o lado rural. Revisitar estes lugar é a base de inpiração para esta colecção, onde transporto toda a ideia de traje e camuflagem caracteristica das minhas memórias, com uma silhueta feminina, mas com cortes também muito masculinos. 

Uma paleta de cores composta por 4, onde o preto e o branco dominam, bem como o azulão, retirado de memórias fotográficas . Por fim entra o bege, cor da pedra que “forra” as paredes das aldeias do interior de Portugal. Acessórios como chapéus, lenços, luvas e mochilas ajudam na construção deste look. Também intruduzo como apontamento a placa de inóx, fazendo lembrar todos os utensílios utilizados no sacos ou mochilhas de pele gasta, criando por trás de si um “vulto” de natureza e ar puro. Toda essa ideia campo, todos eles em ferro, pesadíssimos.

A pensar em tudo isto lembro-me também das mulheres a vir do mercado, ou até do campo, acabando de recolher legumes, frutas e até flores para a casa, e transportavam-nas ás costas, dentro de também  é transportada para esta colecção de três coordenados, como é possível ver nas ilustrações da colecção. 

Esta colecção não só tinha uma harmonia de cores incrível, como o styling era perfeito.



Fonte: Fred Gomes


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Fonte: João Monteiro


Ana Faria, natural de Barcelos, designer de Moda, tirou o curso no citex (2008-11), estagiou com o designer Pedro Pedro. Recentemente venceu o concurso de fardas para a expo Xangai, onde teve a oportunidade de visitar a cidade, Xangai, China. Apresentou a colecção final de curso no espaço bloom, na última edição de Verão do Portugal Fashion ( 2010) e na Summer Fashion Week do El Corte Inglés ( maio 2011):



Counter Curves


Paf

“COUTER-CURVE” foi o tema escolhido para este projecto (final de curso), tendo como ponto de partida a Mulher, o Museu de arte contemporânea Guggenheim em bilbao foi a minha inspiração. O edificio Guggenheim projectado por Frank Gehry foi inaugurado em 1997 em Bilbao, Espanha. Além de ser mais um  dos museu desta fundação espalhados pelo mundo, este destaca-se pela sua arquitectura, muito própria de Frank Gehry, Por muitos considerado vanguardista. 


Este museu é coberto por superficies de titânio curvadas em vários pontos, que lembram escamas de peixe, mostrando as influências das formas orgânicas presentes em muitos trabalhos trabalhos do arquitecto. Visto do rio o edificio parece ter forma de barco, homenageando assim a cidade portuária.Todos estes aspectos, como as formas orgânicas em contraste com um material robusto e “duro” que o edificio é , dando o ar austero que procuro. As superficies curvadas bem como os brilhos que o edificio “transmite” ao longo do dia, foram dois pontos fortes para o desenvolvimento das formas da colecção. 

Formas que acentuam o corpo feminino e o contraste da dureza dos materiais e até mesmo de formas e tudo na mesma peça. Volumes localizados , por vezes exagerados, como curvas e contra curvas são protagonistas que fizeram surgir o nome da colecção, “COUTER-CURVE”. 

Os materiais escolhidos, como tafetás de seda com o seu brilho adicionam a esta colecção um brilho e glamour a cada peça. Degradés de preto a cinza claro ajudam a tornar uma colecção austera. A sobriedade dos pormenores em musseline e o seu contraste com os tafetás bem como as cores são detalhes que me inspiram na arquitectura do museu.


Fonte: Fred Gomes

Apresentou ainda uma colecção de 3 coordenados na última edição do Acrobactic.

Parabéns Ana!!!

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